segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sejam bem-vindos à Santa Maria... Léo e Bia já estão entre nós...


Sinopse:

"Ela é mistério, cheia de segredos. Ele é bagunçado, cheio de defeitos.". A Bela e o Fera - Munhoz e Mariano

Baseado no conto O Peão e a Marrentinha, publicado na Amazon, Léo e Bia nos traz muito mais que uma história de amor contada por dois jovens do interior.
Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, eles se conhecem quando Maria Beatriz volta a morar com seu pai na cidade onde nasceu para continuar sua faculdade de psicologia.
Já Léo, estudante de veterinária, que se estabeleceu na cidade depois que o pai herdou a Fazenda Palmital do avô, mexe com as estruturas de Santa Maria não só pelo som da sua caminhonete potente, mas também por todo seu charme e disposição para conquistar uma certa marrentinha que roubou seu coração.
Essa história nos levará a uma trajetória de amor, luta e superação, onde uma menina marrenta e cheia de mistérios se apaixona por um peão louco para ser domado.
Juntos estarão bem cuidados. Mas será isso que tornará sua relação perfeita?
Se acima de tudo forem amigos um do outro, compartilhando sonhos, dúvidas, alegria, problemas, sempre sendo o apoio um do outro, pode ser que eles alcancem esse patamar, porém muita água ainda passará por debaixo dessa ponte. Misturando ciúmes, brigas, Monstros do Curral, provocações. Mas tudo recheado de muito amor, companheirismo, emoção e acima de tudo muita diversão. 
Léo e Bia chegam para encantar todos vocês com seu jeitinho marrento, mas completamente apaixonante.


Capítulo 1 – Voltando para a casa
"Pra casa, casa... Você sempre pode voltar... Toda estrada é uma subida escorregadia... Mas sempre há uma mão na qual você pode se segurar... Olhando profundamente pelo telescópio... Você pode perceber que seu lar está dentro de você..."
93 Millions Miles - Jason Mraz


"Enfim em casa"... Foi o que digitei e postei no facebook antes de jogar meu celular dentro da bolsa novamente. Eu estava realmente feliz e nada ,nem ninguém tiraria essa paz do meu coração. Cinco anos ... Esse foi o tempo que morei em São Paulo desde que minha mãe, cansada da mesmice da cidade pequena, separou-se do meu pai, indo ao encontro de algo novo para sua vida. Se ela encontrou eu não sei. Na verdade , penso que se você fica buscando novidades ,nunca está feliz consigo mesma. E, no caso da minha mãe, isso era verdade. Ela simplesmente era infeliz! Me tirou da minha cidade e dos braços da pessoa que mais amava na vida, fazendo com que nós dois, eu e meu pai João, sofrêssemos as piores consequências por causa dos seus desejos, sem ao menos se preocupar ou perguntar nossas opiniões. Tenho certeza que a minha escolha para a faculdade mostrava bem essa busca da nossa família, para encontrar o caminho certo da felicidade. Com dezesseis anos já estava certa que psicologia seria minha vida. E mesmo depois de dois anos de curso, ainda era difícil compreender as loucuras de Maria Elisa. Nossas brigas eram constantes, mesmo com João pedindo para eu manter a calma e o respeito, a situação se tornou insuportável quando eu resolvi que era hora de voltar para casa. Ela surtou, dizendo que eu estaria regredindo e que aquela cidade nunca me traria futuro. Mas ,para mim, Santa Maria sempre seria minha casa, meu berço, minha alegria. E por isso passava todos os dias entrando no site da Universidade Federal da cidade para ver se já haviam aberto meu curso. E minha felicidade parecia não ter tamanho, quando meu pai avisou que já estava tudo pronto e que cuidaria pessoalmente da minha transferência, não deixando que perdesse nenhum semestre por conta disso. Ainda me colocou em algumas matérias opcionais para nada atrasar minha formatura. E lá estava eu... Tirando minhas malas da esteira no aeroporto, a espera do pai. Sorri, ajeitando meus óculos quadrados, enquanto me equilibrava entre segurar as malas e a bolsa, rezando para que João já estivesse me esperando. Comecei a andar entre as pessoas que transitavam pelos corredores do aeroporto, tentando chegar ilesa até a saída, quando senti um impacto violento que quase me jogou no chão.
-Não olha por onde andas não, guria? Ops! -Me desculpe – senti os músculos do moço assim que apoiei nos seus braços para me levantar. – Deixa que eu ajudo – vi que ele havia derrubado todos suas caixas no chão. -Acho que sou eu que vou ter que te ajudar, moça – segui seus dedos, ainda sem encontrar o rosto dele e vi minhas coisas espalhadas pelo chão do aeroporto. Por que tinha que ter nascido tão destrambelhada ? Nos agachamos para recolher nossas coisas e quando percebemos, já estávamos rindo. Foi naquele momento que reparei em seus olhos verdes. Puxa! Eu tinha atropelado um gato, que rindo ficava ainda mais lindo. -Acho que isso é seu – ele levantou, estendendo meu celular. -Me desculpe mais uma vez. -Moça bonita pode tudo – então ele tinha me achado bonita também? -É sempre tão galanteador com quem te atropela no aeroporto? – ele gargalhou e o acompanhei. -Não, só com as mais estabanadas e bonitas – garanhão... Com toda a certeza. – Mas está perdida, quer ajuda? Para onde está indo? -Não costumo falar para onde vou com estranhos – me fiz de difícil. -Por isso não. Leonardo – ele estendeu a mão e sorrimos juntos. Mas quando ia me apresentar, gostando da brincadeira, ouvi meu pai me chamar e acenar. -Filha! -Filha? – o garanhão, quer dizer, Leonardo virou parecendo reconhecer a voz de João. -Léo? O que você está fazendo aqui, meu filho? Vocês se conhecem? -Léo, filho? – a confusão estava armada. -Filha, que saudades ! – abracei meu pai, sentindo o cheiro da minha casa novamente. Estava de volta para os braços do meu protetor, de quem sempre me amou de verdade. – Filha, o Léo mora aqui em Santa Maria também. Nossas famílias são amigas – que novidade boa. Olhei para o garanhão, quer dizer, para Léo que não tirava aquele sorriso do rosto. Como podia ser tão lindo, com os cabelos, castanhos claros e completamente desgrenhados, pele branquinha. Pare, Maria Beatriz! -E ai, Delegado? – meu pai trabalhava na polícia de Santa Maria desde muito novo e havia se tornado delegado quando eu ainda era pequena. -Tudo bem, Léo? O que você está fazendo aqui? – ele olhou de um para o outro sem entender. – Vocês se conhecem? -Se em um atropelamento podemos conhecer alguém, sim a gente já se conhece, senhor. -Atropelamento? Como? Vocês estão bem? -Quer matar meu pai do coração ?– fui rude ao perceber que ele estava tirando sarro da minha cara. – Pai, eu trombei com o Leonardo, na verdade, nós trombamos. -Só Léo - piscou para mim. - Vim buscar as injeções que encomendamos para as vacas leiteiras lá da fazenda e sua filha estava no mundo da lua... – ele gargalhou sendo acompanhado por João. Porém engoliram o ronco quando observaram minha carranca, com os braços cruzados e batendo os pés – Quer dizer... -Pode deixar que eu explico para ele no caminho, mais uma vez desculpe. -O prazer foi todo meu – o prazer? O desgraçado estava se divertindo da minha cara. – Mas não disseste teu nome – olhei para ele e quase derreti. Ele tinha alguma coisa naqueles olhos verdes. -Maria Beatriz. Vamos, pai – puxei João pela mão, enquanto pegava minha bagagem. -Tchau, filho. A gente se vê por aí. -Tchau, senhor. Bia – acenou. Por que ele tinha que ter intimidade com meu pai? Bia? ... -O Léo é um menino de ouro – olhei para João que entrava no banco do motorista da sua Bandeirante branca, uma relíquia que ninguém colocava as mãos. -Que bom – me acomodei, jogando os pés no painel. -Senti sua falta, Bia – sorri e toquei seu braço. -Eu também, pai. Mas agora estou aqui e vou cuidar de você – ele balançou a cabeça. -Não deveria ser ao contrário? – disse , ligando o carro -Claro que não. Depois de uma certa idade a situação se inverte – João revirou os olhos, fazendo-me rir. -Está me chamando de velho, Maria Beatriz? – gargalhamos. -Senti falta disso, pai – deitei no seu ombro e olhei para frente, observando as mudanças da cidade. Durante o trajeto, João foi contando as mudanças da padaria, do supermercado novo, do shopping e até da boate, que passamos em frente, o fazendo revirar os olhos mais uma vez. -Minha garotinha agora é uma mulher, preciso me acostumar – sorri, o encarando. -Sou a mesma de sempre. -Mais madura. -Está me chamando de velha, Delegado? – usei do mesmo apelido que Léo. -Tu sempre serás minha garotinha – afagou meus cabelos loiros. -E você meu maior protetor e amigo. -Até encontrar alguém que tirará meu lugar. -Vai demorar – brinquei. -Ou não! – resolvi mudar o tom da conversa. Ou nem tanto assim. -Me conte da família do Léo, eu não os conheço, não é? João me contou que eles se mudaram para Santa Maria há menos de três anos. Moravam em outra cidade , mais no interior do estado e em Santa Maria os meninos poderiam cursar a faculdade. Léo o mais velho, tinha vinte e cinco anos e estava no terceiro ano de veterinária. Já Jessiany, tinha a minha idade e estava transferindo seu curso para psicologia, então, seríamos colegas de classe. É, até que seria bom conhecer alguém no primeiro dia de aula. Flávio, o pai dos meninos ,herdou a Fazenda Palmital onde moram do pai, então ,ele e Luíza sua esposa, resolveram que era hora de vender as terras que possuíam e investir tudo aqui em Santa Maria. E pelo que meu pai disse, parece que tudo ia bem. A fazenda era de gado leiteiro e de corte. Léo e o pai tomavam conta de tudo, ele desde muito pequeno o ajudou, recebendo essa herança de braços abertos. E João ainda disse que aquela fazenda e os bichos eram sua vida. Respirei fundo quando paramos na porta de casa e esqueci, momentaneamente,do peão garanhão. Que saudades eu sentia daquele lugar, mesmo vindo algumas vezes nas férias. Mas eu e o pai preferíamos sempre viajar, curtindo nosso tempo juntos, nessa época. Por isso ainda não conhecia Léo e sua família. -Bem vinda de volta, filha – percebi que ele já havia descido do carro e estava abrindo minha porta. -Você não imagina como estou feliz – o abracei. -Está tudo do jeito que tu deixaste, pensei que iria gostar pessoalmente de mudar seu quarto, já que não entendo muita coisa. -Eu vou pensar no que fazer – entramos na casa de dois andares, com três quartos, que ficava enorme só para ele e sorri me deparando com o quadro com uma foto minha emoldurada na parede, devia ter ali uns dezesseis anos. -Precisa ligar para sua mãe, Maria Beatriz – revirei os olhos do meio da escada. -Não, pai. Eu não preciso. -Filha – ele me alcançou. – Ela pode ter todos os defeitos do mundo, mas ainda é sua mãe. -Preferia que não fosse – senti que iria começar a chorar e João percebeu. -Tudo bem, eu ligo dessa vez. Mas não poderá fugir dela para sempre, você sabe disso, não é? -Sei – subi para meu quarto levando algumas das minhas bagagens. E quando abri a porta, desabei a chorar, mas de alegria e alivio. Eu e Maria Elisa nunca nos demos bem e a situação só piorou depois que ela se separou de João, tendo a cada semana um namorado diferente, me chamando de ET por não ser como ela. É claro que não era como ela. Eu era como meu pai. Queria apenas encontrar alguém e ser feliz, por isso nunca tinha namorado e meu primeiro beijo havia sido algo catastrófico com um amigo de São Paulo. Eu só queria paz para ser feliz, será que era pedir muito? Não, não era. João bateu na porta alguns minutos depois. Eu já havia parado de chorar e fazia planos para a reforma do meu quarto. - Me desculpe, Bia – ele se aproximou. -Tudo bem, pai. Eu só preciso de um pouco de paz – sorri para ele, enquanto tirava algumas coisas da mala. -E tu vai ter, minha querida – nos abraçamos. – Hoje tem quermesse na Igreja do Padre Olavo. -Jura! – gritei. Eu adorava quermesses. - Que falta me fez a cidade pequena! - Te arruma, sairemos perto das sete. -Tudo bem, pai. Vou me arrumar e... – beijei seu rosto – Estou muito feliz por estar de volta. -Eu também, principalmente por ver esses olhinhos brilhando novamente. -Não vejo a hora de começar as aulas também. -Segunda feira, filha. Já deixei tudo pronto. -Então amanhã precisamos ir ao supermercado. Temos que fazer as compras da semana, porque pelo que conheço... – ele revirou os olhos. -Tu sabes que não sou muito bom nessas coisas. -Mas eu sou ótima e agora vim para cuidar de você. -Tu veio para estudar também, Maria Beatriz, não esqueças disso. -Eu não vou esquecer, pai. -Tudo bem , estou esperando. -Estarei pronta logo, logo – mandei um beijo para ele, que já estava na porta e riu. Eu estava em casa. Estava feliz. Agora era só começar minha vida nova e quem sabe trombar com o peão garanhão no meio do caminho de novo. Pare de besteira, Maria Beatriz. Mal chegou e já está encantada com aqueles olhos verdes. Suspirei, jogando-me na cama. Sim, eu estava. E quem sabe eu teria sorte na quermesse?

Nota de uma autora feliz:
Como é bom estar de volta para nossas nossas postagens semanais...
Essas que me trouxeram cada uma das minhas leitoras através da Fanfic O Senador, ainda no Nyah, anos atrás...
Esse é um momento muito especial para mim e espero que se apaixonem, assim como eu, por esse lindo casal que só me trouxe coisas boas até então...
Léo e Bia já estão entre nós...
As postagens serão semanais, com direito a brindes e surpresas dependendo da semana...
Então espero vocês todas as segundas-feiras, para começarmos nossa semana suspirando e falando de amor...
E para quem ainda não leu e quiser conhecer o conto que deu origem a essa linda história de amor, corram para a Amazon...
http://www.amazon.com.br/O-Pe%C3%A3o-Marrentinha-Fernanda-Terra-ebook/dp/B00HCZ4SYK/ref=sr_1_2?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1443276986&sr=1-2
Ou deem um pulinho no Cantinho da Fe...
http://www.cantinhofernandaterra.blogspot.com.br/
Vocês podem me procurar também no Facebook, pelo grupo Romances Fernanda Terra:
https://www.facebook.com/groups/557554350927979/?fref=ts
Na página feita especialmente para os nossos marrentinhos...
https://www.facebook.com/L%C3%A9o-e-Bia-1481184872197162/timeline/
E também no Instagram: Fernanda Terra
Beijocasss
Fiquem com Deus
E até segunda que vem...
Fe

2 comentários:

  1. Amei! Este começo já promete! Impaciente pelo próximo capítulo! Sempre adoro o que escreve um beijo

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